terça-feira, 27 de outubro de 2009

Primeira historinha

Sempre gostei de historinhas escritas . quando eu era criança, gostava de contar histórias; gostava de ler historinhas ; de escrever minhas histórias, inventar histórias...
Num diário, de paginas cor de rosa, registrava tudo que eu tinha vivido durante o dia, tudo que eu me lembrava, eu acho; ou talvez tudo que eu achava que tinha acontecido. Eu não precisava de um motivo, nem mesmo de um pretexto para escrever historias, apenas escrevia...
Eu não me lembro bem, mas acho que houve um dia em que eu comecei a achar que o dia não tinha sido ta interessante e por isso não merecia ser contado, então eu inventava e escrevia a história de alguém; “as pessoas que não existem podem ter histórias muito interessantes: elas podem morar em castelo e esperar por visitantes ilustres que chegam sempre num cavalo branco; alguém que na verdade não existe pode montar um cavalo branco, preto ou rosa, ou de todas as cores ao mesmo tempo, quer dizer a qualquer tempo; somos nós que inventamos o tempo, e os cavalos coloridos e as pessoas inventadas ... mas isso não importa agora.
Agora eu penso nas coisa que importam, porque um dia eu comecei a achar que alguém que não existe não é importante, e quem não é importante não merece registro. Então parei de escrever sobre ninguém. Alguém que não exista é ninguém; e ninguém que não exista é alguém. Acho que nas histórias que eu inventava, quando comecei a querer estórias interessantes, Alguém era Ninguém. Quer dizer, não era importante também. E o que não era importante não me interessava mais. Mas, isso não interessa agora ...
Parei de escrever, quando comecei a me importar tanto que eu precisasse de um motivo para escrever. Sem um personagem, sem pretexto, sem um motivo importante, parei de escrever e comecei a apenas contar minhas histórias; com o tempo, troquei também os diários cor de rosa por amigas de todas cores, que eu não vejo todos os dias, porque pessoas de verdade cumprem um tempo de verdade, que até parece mentira porque a gente nunca vê passar. Mas, enfim, agora eu não tenho tempo para escrever sobre isso.
Ah, o que eu estava tentando dizer é que voltei a contar minhas histórias, vou conta-las nesse blog porque eu tenho um motivo importante. Qual? Pergunte a Marcus Lima.
By Loide Carvalho

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